terça-feira, 25 de junho de 2019

O Poder do Marrom



A cor marrom remete à madeira que lembra lenha que gera fogo e que, nessa época do ano, nos chama para perto da lareira. Aquecemos o corpo e aquietamos a alma. De preferência, munidos de uma xícara de café ou de chocolate quente. Puro aconchego!
O marrom emana a força que brota da terra como bom conselheiro, nos convida a fincar os pés no aqui e agora. Os tons terrosos aquecem o ambiente e de quebra, induzem o contato com nosso mundo interno. Assim, criam a atmosfera perfeita para o exercício  da introspecção.
Se você anda disperso, utilize  tons terrosos, seja nas roupas ou na decoração, pois eles ajudam a concretizar projetos que exigem foco.
Segundo a cultura oriental, o marrom simboliza o elemento terra, associado à fase de crescimento e transformação. Para a cromoterapia, os benefícios dos tons de terra estão relacionados ao processo de estruturação interna e ao potencial  de concretização das coisas da vida pois nos dão o sentido de solidez, estabilidade e concretude.

quarta-feira, 5 de junho de 2019

Viva São João!



Friozinho, Dia dos Namorados, Festa Junina, Santo  Antônio, São João, São Pedro, aniversário da minha mãe, tempo de comidinhas gostosas: milho verde, pipoca, bolo de fubá, paçoca, pé de moleque... Junho é realmente um mês muito especial! Adoro!
Festa de Santo Antônio dia 13 de junho; de São João, dia 24; de São Pedro, dia 29 de junho. Há motivos para comemorar durante o mês inteiro. Mas, apesar dessa ligação ao calendário das festas católicas e aos dias dos santos, o costume de celebrar o mês de junho remonta a um tempo anterior à era cristã. Mais precisamente, aos rituais de invocação da fertilidade no Hemisfério Norte, durante o solstício de verão, o dia mais longo do ano.
De  acordo com o livro festas juninas, Festas de São João: Origens, Tradições e História, da antropóloga Lúcia Helena Vitalli Rangel (Publishing Solutions / Yoki, 2008), era no solstício de verão que diversos povos, como celtas, egípcios, peras e sírios, faziam rituais para promover a fartura nas colheitas.
Na Europa, ao longo dos séculos, os festejos do solstício foram incorporados à cultura de cada região. Em Portugal, país majoritariamente católico, os santos de junho foram incluídos nas celebrações. Das terras lusitanas, as tradições aportaram por aqui e ganharam outras cores locais.
A influência dos índios na festa brasileira fica evidente nas comidas juninas: milho, mandioca, abóbora e batata doce. É, enfim, uma celebração miscigenada, com ingredientes vindos de diversas culturas. Segue algumas curiosidades sobre os símbolos dessa festa:
- Quadrilha: Tudo que é moda em Paris é moda no mundo. E foi assim que a dança quadrille desembarcou por aqui, nos salões brasileiros do século 19. Não é à toa que o puxador da quadrilha usa palavras como "balancê" e "anarriê" (do francês em arrière, ou seja, para trás).
- Comidas Típicas: Época de agradecer a fartura, época da colheita do milho. É por isso que ele está tão presente nas festas, em forma de curau, bolo de milho, pamonha, caldo de milho, pipoca e milho cozido.
- Fogueira: A luz da fogueira era o aviso de que João Batista havia nascido. De acordo com a lenda católica, o fogo foi o sinal combinado por Isabel para avisar sua prima Maria do nascimento do filho. Antigamente, a fogueira também era usada para afastar os maus espíritos das plantações.

Fonte: Revista Casa e Comida número 11
Fotografia: Cartão postal Quadrilhas Juninas / Arte: Cecilia Langer