Ao longo da vida, quantos livros passam por nossas mãos sem jamais nos abandonar posteriormente? Podem fisicamente regressar para a estante, mas não se retiram do nosso imaginário e do nosso coração. O mágico gesto de parar, silenciar, abrir um livro e mergulhar em um universo paralelo, tão ou mais vivo que a própria realidade, representa a possibilidade de a alma dilatar. E de o mundo nos parecer muito mais vasto do que supúnhamos.
Quem lê uma boa história, daquelas que nos arrancam do chão batido, voa. Aporta em terras com idiomas, gente, sons, aromas e dramas próprios, mas que tantas vezes remetem aos nossos próprios anseios e desafios. Por isso, volta-se maior. Mais nutrido, mais sabido. Mais humano.
Concluí neste último final de semana a leitura de um livro muito interessante: Diário das Coincidências.
Coincidências acontecem a todo momento e sempre deixam a dúvida: destino ou acaso? Neste livro, João Anzanello Carrascoza reúne histórias tão impressionantes que, embora tenham realmente ocorrido, parecem pura ficção. Esses conhecimentos, vividos por um personagem que por vezes coincide com o autor, resultam numa trama que aos poucos vai revelando conexões insuspeitas e muito lirismo, porque a beleza do cotidiano também reside no mistério das coisas inexplicáveis.
Vale a leitura!
Photo by Annelies Geneyn on Unsplash
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